domingo, 28 de março de 2010

Flor no palco, desafio de interpretar D Flor

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Fernanda Paes Leme ainda era uma criança quando decidiu trabalhar na TV. Estava na sala de casa com a mãe, quando apontou o dedinho para a telinha e disse que era aquilo que queria fazer da vida. A mãe achou graça, mas o pai, o jornalista esportivo Álvaro José, não gostou muito da história.

"Meu pai já trabalhava em TV e sabia que era algo difícil, ainda mais porque eu era muito criança", recorda Fernanda.

Mas a mãe Maria do Carmo dava corda e começou a acompanhar a filha em agências de publicidade e nas gravações de comerciais na TV.

Fernanda acabou sendo convidada para participar das gravações do piloto da série Sandy e Júnior, aos 15 anos. Contratada pela Rede Globo, onde trabalha já há 11 anos, seu rosto se tornou um dos mais conhecidos entre os atores da nova geração.

Hoje, aos 26, encara um novo desafio, fazer teatro.

"Quando recebi o convite foi um susto. Tive apenas um mês e meio para me preparar para o papel", conta.

Cinema

Desde o ano passado, Fernanda faz o papel principal da versão teatral do clássico "Dona Flor e Seus Dois Maridos", que ainda tem no elenco nomes como Marcelo Faria, no papel de Vadinho, e Duda Ribeiro, como o pudico Dr. Teodoro.

Em Ribeirão, por motivos de saúde, Teodoro vai ser substituído pelo ator Cláudio Galvan.

Fernanda assumiu o papel no lugar de Carol Castro, que fez parte do elenco inicial desde a estreia, em 2008.

"No teatro, a gente vai descobrindo o personagem no palco. Cada dia aparece algo novo", diz.

Quando aceitou o convite do diretor Pedro Vasconcellos, que no ano passado a dirigia na novela "Paraíso", da Globo, a atriz ainda perguntou se seria importante assistir à célebre versão cinematográfica de Bruno Barreto.

"O Pedro disse que não e afirmou que seria interessante eu ler o livro de Jorge Amado", recorda.

Sônia Braga

Ou seja, Fernanda foi na fonte para desenvolver o personagem eternizado na telona por Sônia Braga. A obra também ganhou uma versão para a TV, estrelada por Giulia Gam e Edson Celulari.

"Não queria me influenciar muito pelas outras interpretações. A Sônia, a Giulia e eu, cada uma criou a sua própria Dona Flor", comenta.

A atriz, que conhecia pouco a obra de Jorge Amado, diz ter ficado apaixonada pela Bahia dos anos 40 retratada pelo escritor.

"Tive aula de prosódia para ganhar um sotaque baiano típico. Aliás, meu sotaque foi muito elogiado", garante.

Por enquanto, Fernanda concilia o palco com as gravações de minisséries televisivas, como "Força Tarefa" e "SOS Emergência". A paulistana diz que fica mais difícil fazer teatro quando é chamada para estrelar uma novela.

"É uma loucura, porque você grava vários capítulos por dia, rola um desgaste tremendo. Tem que estar muito a fim de fazer teatro", afirma.

E o zeloso pai Álvaro José, como encara hoje a carreira escolhida pela filha desde a tenra idade? Será que ele não se incomoda com as tórridas cenas de amor entre Vadinho e Flor no palco?

"Que nada. Meu pai tem uma cabeça muito aberta. E hoje ele é o meu maior fã", conta.

Serviço

Dona Flor e seus
Dois Maridos
Sábado, às 21h, e domingo, às 19h, no Theatro Pedro II 
Rua Álvares Cabral, 370
Ingressos a R$ 40 (em todos os setores). Inf.: (16) 3977-8111.

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