quarta-feira, 9 de abril de 2008

Fernanda Paes Leme é a beijoqueira de 'Desejo Proibido'

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Fernanda Paes Leme sempre tem seu nome associado às personagens mais sedutoras. E comprovou isso até na hora de ser escolhida para interpretar a atirada Teresa de Desejo Proibido.

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Enquanto disputava com Camila Rodrigues a vaga para dar vida à doce Guilhermina, Pedro Neschling, que encarna o aprendiz de vilão Diogo na trama de Walther Negrão, a sugeriu para fazer seu par.

"Na hora ele achou que a personagem era a minha cara. Concordaram e me chamaram. Participei da seleção e não deu outra", afirma a atriz de 24 anos.

Brincalhona, ela garante ser a maior beijoqueira do elenco. "Beijei três atores. Um número absurdo para o horário das 18h e para a década de 30", enfatiza. Os sortudos foram Thiago Martins e Guilherme Berenguer, intérpretes de Lídio e de João Antônio, além do próprio Pedro.

Depois de cinco meses de exibição, Fernanda enxerga Desejo Proibido como uma conquista. Primeiro, por ser o primeiro folhetim que conta com a presença da atriz do primeiro ao último capítulo. Além disso, seu núcleo é responsável por grande parte das cenas cômicas da novela.

Trabalhar esse gênero era algo que a atriz esperava fazer desde que o programa Sandy & Júnior acabou. "Adoro fazer comédia, mas ainda não tive muito espaço para isso. Só consegui no seriado e agora", destaca, relembrando sua estréia na televisão, em 1998.

Apesar dos 10 anos de carreira de atriz, Fernanda ainda se considera uma profissional em estágio de aprendizado e acredita que o tão sonhado sucesso na profissão ainda está por vir. Por enquanto, prefere não arriscar as oportunidades que vem recebendo e garante se empenhar para não fazer feio no ar.

Hoje, lembra com graça suas maiores dificuldades nas primeiras gravações: achar o tom certo para a década de 30 e para o sotaque mineiro carregado que caracteriza os personagens da trama.

Para a primeira, a solução foi a convivência com seus companheiros de cena. Já para a segunda, Fernanda contou com auxílio técnico. "Foi um trabalho intenso de prosódia. Ainda bem que sou de São Paulo, os cariocas têm mais dificuldades para falar o 'caipirês'", brinca.

A um mês do término da novela, Fernanda torce para que o fim de Teresa seja feliz e já dá sinais de que vai sentir falta da rotina das gravações.

"Acho que esse clima de época aproxima ainda mais o elenco porque a preparação deixa todo mundo mais perto desde a pré-produção", justifica. Mas esse não é o único motivo para a atriz lamentar a proximidade com o último capítulo. Depois de 10 anos de carreira na TV, Fernanda não tem contrato fixo com a Globo e ainda não sabe quando vai ser escalada novamente.

"Não me sinto desfavorecida, porque estou sempre trabalhando. Mas bate um frio na barriga essa incerteza de quando vou estar no ar de novo", admite ela, que recusou uma proposta da Record.

Em sua segunda novela, Fernanda se considera uma atriz de sorte. Primeiro, porque conseguiu seu primeiro papel, a esnobe Paty no seriado Sandy & Júnior, em um teste sem pretensões, indicado por sua agência para trabalhos como modelo. Segundo, porque já conseguiu fazer cinema, duas minisséries e uma novela das oito. Esta última, aliás, é a que Fernanda mais enxerga com bons olhos.

A atriz interpretou a imigrante Rosário em América, mas só participaria do início e dos meses finais da história. Mas, depois de várias críticas direcionadas à autora Gloria Perez na época sobre o sumiço da atriz nas cenas, seu nome foi parar na mídia durante boa parte do tempo em que ficou esperando para voltar ao ar. "Para a Glória, deve ter sido muito chato. Mas ganhei uma projeção na imprensa que eu não esperava. Fiquei mais conhecida nesse período", lembra.

Início juvenil
Fernanda começou a trabalhar como modelo ainda no início de sua adolescência e, a partir dos 12 anos, apareceu oportunidades para comerciais na TV. Mas foi aos 14 que a então menina viu sua vida se transformar, depois de ser indicada para um teste do seriado Sandy & Júnior.

Na época, o projeto ainda estava em fase de negociação entre a TV Globo e o SBT, mas já na primeira seleção de elenco a equipe confirmou dois aprovados: Fernanda e Paulinho Vilhena. "Virei atriz da noite para o dia. Foi ótimo porque era uma produção infanto-juvenil e sempre rola menos cobrança nessa linha", assume.

Quando o programa começou a ser exibido, Fernanda estava com 15 anos e só parou de gravar como a riquinha Paty aos 19, em 2003. No mesmo ano, fez algumas participações especiais, entre elas uma na novela Agora É Que São Elas e outra no Sítio do Picapau Amarelo. Em 2004, voltou ao ar interpretando a sedutora Elisa em Um Só Coração. "Foi um dos papéis mais interessantes que já ganhei", elogia.

No mesmo ano, foi escalada para uma participação maior em Da Cor do Pecado e, já no ano seguinte, garantiu a imigrante Rosário em América. Na minissérie Amazônia voltou a trabalhar com a autora Glória Perez na pele da fogosa Belinha. "Para uma atriz que não tem contrato fixo com a Globo, acho que tenho muita sorte de ser sempre lembrada. Fiquei pouquíssimo tempo fora do ar", afirma.

Instantâneas
# Quando gravou Sandy & Júnior, Fernanda passava a maior parte do tempo em Campinas. O trabalho era realizado lá por conta da agenda da dupla musical.

# Fernanda Paes Leme não pára de ouvir comentários nas ruas por conta de sua personagem em Desejo Proibido. Quase sempre eles partem de senhoras que viveram a adolescência nos anos próximos aos retratados na novela. "Ouço muitas confissões e sugestões de figurino e trejeitos desse período", conta.

# Além dos comentários que escuta nas ruas, Fernanda resolveu ampliar suas formas de contato com os fãs de seus trabalhos ou de sua carreira. A atriz começou a escrever um blog no fim de março.

# Com o fim de Desejo Proibido, Fernanda já pensa em estrear nos palcos. A atriz recebeu uma proposta e deve dar a resposta positiva em breve. "Só não quero participar desses espetáculos que juntam vários artistas bonitinhos para ganharem algum dinheiro", desdenha.

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